Confira o verdadeiro motivo por trás do "recuo" de Moraes
Observadores do cenário político afirmam que essas medidas não indicam uma mudança de postura duradoura do STF
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil |
Em um contexto político tumultuado, o Supremo Tribunal Federal (STF) acatou recentemente uma denúncia contra Jair Bolsonaro (PL) e outras sete pessoas, acusados de uma suposta tentativa de golpe. Este movimento gerou uma série de decisões que, segundo muitos analistas, visam suavizar a imagem da Corte. As medidas adotadas incluem o arquivamento de investigações contra o ex-presidente e concessões judiciais a réus da oposição, o que levanta a interpretação de que o Judiciário busca mitigar a percepção de perseguição política.
Entre as ações mais notáveis, destacam-se:
Encerramento de inquéritos: Dois inquéritos contra Bolsonaro foram arquivados, um relacionado a uma alegada tentativa de fraude em sua vacinação contra a Covid-19 e outro sobre a aproximação de uma baleia com moto aquática.
Mudança de regime de prisão: A cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos teve sua prisão convertida para o regime domiciliar.
Autorização de cumprimento de pena em casa: Um réu em tratamento contra o câncer recebeu autorização para cumprir sua pena em domicílio.
Na quarta-feira, dia 2, o ministro Alexandre de Moraes arquivou um pedido de prisão preventiva contra Bolsonaro, feito por uma vereadora do PT em Recife. Embora a solicitação tenha sido rejeitada com base em um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), analistas interpretaram essa decisão como um sinal de recuo, mesmo com a aceitação da denúncia principal contra o ex-presidente.
Observadores do cenário político afirmam que essas medidas não indicam uma mudança de postura duradoura do STF. A avaliação predominante é de que a Corte busca evitar episódios que possam reforçar acusações de parcialidade e alimentar a narrativa da oposição. Assim, a linha de atuação do Supremo ainda parece direcionada a condenações severas, com concessões táticas pontuais para reduzir o desgaste institucional.
Fonte: Jornal da Cidade Online