Agiotagem Oficial: A Crítica de Eduardo Cunha ao Empréstimo Consignado do Governo Lula
As declarações de Eduardo Cunha sobre o empréstimo consignado e o uso do FGTS como garantia levantam questões importantes sobre a sustentabilidade das políticas econômicas atuais
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
Em um artigo publicado no portal Poder360, o ex-deputado federal Eduardo Cunha expressou suas preocupações sobre a nova modalidade de empréstimo consignado, que utiliza o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia. Esta modalidade, frequentemente referida como “empréstimo do Lula”, foi classificada por Cunha como uma forma de “agiotagem oficial”, refletindo sua crítica à política econômica atual.
A Nova Modalidade de Empréstimo
O empréstimo consignado permite que trabalhadores da iniciativa privada solicitem crédito aos bancos, utilizando o saldo do FGTS como colateral. Segundo Cunha, essa prática representa uma “narrativa enganosa” que pode agravar a já delicada situação financeira de milhões de brasileiros. Ele argumenta que, ao invés de oferecer uma solução viável, o governo está criando um cenário de endividamento que pode ser prejudicial a longo prazo.
Taxas de Juros Elevadas
Cunha destaca que as taxas de juros para esses empréstimos podem ultrapassar 80% ao ano, mesmo com garantias adicionais. Ele critica a crença do governo de que a expansão do crédito, por meio do aumento do consumo familiar, será suficiente para impulsionar a economia. Para ele, essa abordagem é equivocada e pode levar a um ciclo de endividamento insustentável.
O Uso do FGTS como Garantia
Um dos pontos centrais da crítica de Cunha é o uso do FGTS como garantia para os novos empréstimos. Ele observa que a remuneração do fundo, com um rendimento médio de apenas 3% ao ano, é inferior à da caderneta de poupança e muito aquém da taxa Selic. Essa disparidade, segundo ele, torna o uso do FGTS uma desvantagem clara para os trabalhadores, que acabam utilizando seu próprio dinheiro, depositado compulsoriamente, para garantir empréstimos com juros elevados.
Críticas à Política Econômica do Governo
Além de criticar a nova modalidade de empréstimo, Cunha também se posiciona contra a estratégia econômica mais ampla do governo Lula. Ele acusa o Partido dos Trabalhadores (PT) de repetir um “modelo fracassado”, que se baseia no aumento do consumo por meio de crédito e programas sociais contínuos. Para Cunha, o verdadeiro motor do crescimento econômico reside no investimento, e não no endividamento da população.
Conclusão
As declarações de Eduardo Cunha sobre o empréstimo consignado e o uso do FGTS como garantia levantam questões importantes sobre a sustentabilidade das políticas econômicas atuais. A crítica à “agiotagem oficial” reflete uma preocupação com o futuro financeiro dos trabalhadores brasileiros, que podem se ver em uma situação ainda mais vulnerável se as condições de crédito não forem cuidadosamente avaliadas e reguladas. A discussão sobre essas questões é fundamental para entender os desafios econômicos que o Brasil enfrenta atualmente.
Fonte: Revista Oeste