Advogada de Filipe Martins: 'Governo americano admitiu que o documento é falso'

O caso tem origem a partir da apresentação de um travel history (histórico de viagens) que sugeria a entrada de Martins em Orlando em 30 de dezembro de 2022

Advogada de Filipe Martins: 'Governo americano admitiu que o documento é falso'
Foto: Montagem

Ana Bárbara Schaffert, advogada de Filipe Martins, ex-assessor da Presidência da República, compartilhou detalhes sobre o andamento do processo movido contra o Departamento de Segurança Interna (DHS) e a Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) dos Estados Unidos. Em uma entrevista ao programa Oeste sem Filtro, realizada em 9 de abril de 2025, Schaffert destacou um avanço significativo no caso.

Recentemente, em uma audiência em Orlando, o juiz federal Gregory Presnell autorizou a fase de produção de provas, reconhecendo indícios de um documento migratório falso que teria sido utilizado como justificativa para a prisão de Martins no Brasil. A advogada mencionou que, após uma fase inicial de resistência, o governo dos EUA começou a cooperar com a defesa, com a advogada-geral do DHS e do CBP sugerindo a possibilidade de uma resolução sumária.

A Justiça americana estabeleceu um prazo de 60 dias para a produção de provas, que pode incluir depoimentos de agentes federais e a análise de testemunhas. Schaffert expressou otimismo em relação à colaboração do governo americano na produção de documentos, afirmando que "o governo já reconheceu que o documento inserido no sistema migratório dos Estados Unidos é falso". A produção de provas poderá resultar na abertura de novos processos, inclusive de natureza criminal, caso se prove má-fé.

O caso tem origem a partir da apresentação de um travel history (histórico de viagens) que sugeria a entrada de Martins em Orlando em 30 de dezembro de 2022. A defesa argumenta que o documento contém erros significativos, como nome incorreto, visto incompatível e número de passaporte cancelado, erros que foram reconhecidos pelo governo dos EUA como falsos.

Diante desses erros, a defesa de Martins retornou a Orlando para solicitar a correção do documento, o que levou à abertura do processo com o Departamento de Segurança Interna. A situação continua a se desenvolver, e a colaboração do governo americano será crucial para os próximos passos do caso.

Fonte: Revista Oeste