A Situação de Vildete Guardia na Penitenciária Feminina de Santana
A história de Vildete Guardia continua a ser acompanhada de perto, refletindo as complexidades do sistema judicial e as implicações para os direitos humanos no Brasil
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A aposentada Vildete da Silva Guardia, de 74 anos, encontra-se em uma situação alarmante na Penitenciária Feminina de Santana, em São Paulo, onde está detida desde 6 de junho de 2024. Sua prisão ocorreu em decorrência de sua suposta participação nos eventos de 8 de janeiro, sendo considerada pela Polícia Federal como um "risco de fuga".
A saúde de Vildete tem se deteriorado significativamente durante sua detenção. Segundo sua filha, Paula Guardia, a idosa apresenta diversas comorbidades, incluindo:
Paraparesia**: uma condição que afeta a mobilidade das pernas.
Neuroma de Morton**: uma condição dolorosa nos pés.
Fascite plantar**: que também causa dor intensa.
Além disso, Vildete passou por uma cirurgia para a remoção de um tumor intestinal no ano anterior, o que agrava ainda mais seu estado de saúde.
Apesar de sua condição clínica delicada, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Vildete a 11 anos de prisão e tem rejeitado repetidos pedidos de sua defesa para a concessão de prisão domiciliar. Em 19 de fevereiro, o advogado de Vildete informou ao tribunal que seu quadro de saúde é "gravíssimo", mas os apelos não foram atendidos.
A situação de Vildete é emblemática de um debate mais amplo sobre a justiça e a dignidade dos detidos, especialmente aqueles que enfrentam sérios problemas de saúde. A recusa do STF em considerar a prisão domiciliar, mesmo diante de evidências de sua fragilidade, levanta questões sobre a adequação do sistema penal em lidar com casos de vulnerabilidade.
A história de Vildete Guardia continua a ser acompanhada de perto, refletindo as complexidades do sistema judicial e as implicações para os direitos humanos no Brasil.
Fonte: Revista Oeste