A situação alarmante de Adalgiza Maria Dourado; presa por “golpe” está sendo dopada 24h e sem tratamento médico
Apesar de ordens judiciais que autorizam exames médicos desde outubro de 2024, nenhuma ação foi tomada para garantir seu tratamento
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A situação de Adalgiza Maria Dourado, uma idosa de 65 anos, presa desde 8 de janeiro de 2023, revela uma realidade preocupante no sistema prisional brasileiro. Condenada a 16 anos e meio por suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado, Adalgiza enfrenta sérios problemas de saúde, incluindo arritmia cardíaca, depressão profunda e pensamentos suicidas. Atualmente, ela se encontra na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia, onde é mantida dopada 24 horas por dia com medicamentos fortes, sem qualquer acompanhamento médico ou psiquiátrico adequado.
Apesar de ordens judiciais que autorizam exames médicos desde outubro de 2024, nenhuma ação foi tomada para garantir seu tratamento. Adalgiza divide uma cela superlotada com outras nove detentas, e seu estado de saúde é crítico, o que pode levar a consequências fatais.
O advogado Luiz Felipe Cunha denunciou as condições desumanas em que a idosa se encontra, afirmando que ela está completamente sedada e sem acompanhamento médico, vivendo em sofrimento constante. Pedidos de prisão domiciliar foram feitos seis vezes, todos negados, mesmo com base em normas internacionais de direitos humanos.
Em um movimento controverso, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, retirou a competência da Vara de Execuções Penais do DF, assumindo o controle total do caso. Essa centralização da decisão em seu gabinete levanta preocupações sobre a transparência e a justiça do processo.
Diante da omissão da Justiça brasileira, a defesa de Adalgiza acionou a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), exigindo medidas urgentes e responsabilização internacional do Brasil. O caso é considerado uma grave violação dos direitos humanos, sendo equiparado a uma “pena de morte velada”.
Se nenhuma ação for tomada com urgência, o Brasil poderá enfrentar consequências severas no cenário internacional, sendo responsabilizado pela possível morte de uma cidadã inocente que, segundo seus defensores, apenas exerceu seu direito à manifestação.
Fonte: News Atual